O final de um ano, início de outro é sempre tido como um momento de mudança. Um momento em que fazemos uma pausa, fazem-se retrospetivas do ano que passou e, tradicionalmente, são feitas resoluções para o ano seguinte.
Essas resoluções são muito variadas, desde começar a fazer dieta a passar a ter um animal de estimação, mudar a postura diante do trabalho ou escola, ter mais amigos, combinar o almoço que está entalado no “temos de combinar”, entre outros. E, se para muitos, as resoluções são obrigatórias e variadas, há quem não pare sequer para pensar nisso.
No entanto, na maioria das vezes, essas resoluções vão sendo adiadas durante o ano, ou são mesmo quebradas logo nos primeiros dias (daí também haver quem nem as tente fazer!). Seja qual for o teu caso, esta rotina de fazer resoluções e não cumprir ou não fazer, pois sabe-se que esse será o desfecho, assenta num problema, mais grave e mais profundo do que falhar as resoluções de ano novo – a falta de compromisso.
É a falta de compromisso, sentida cada vez mais em todas as esferas da sociedade e vida, que levam a resoluções intermináveis não cumpridas. Hoje, a palavra perdeu valor. Antigamente, a expressão “dou-te a minha palavra” era confiável o suficiente para garantir que alguém iria assumir o compromisso de cumprir algo. Hoje, essa e outras expressões, são usadas de ânimo leve apenas para calar alguém ou como sinónimo de “vou tentar, se não der muito trabalho e se me apetecer”. Perdemos o compromisso com os outros e connosco. Já não cumprimos com o que dizemos aos outros, nem somos resistentes o suficiente para terminar compromissos que nos propusemos connosco próprios e, como se até aqui não fosse mal o suficiente, isto estende-se também ao nosso relacionamento com Deus: “Seja, porém, o vosso falar sim, sim; não, não; pois o que passa disso vem do Maligno.” (Mateus 5:27, NVI)
Somos cristãos que durante um louvor dizemos coisas como “se tu dizes eu farei, se tu mandas eu irei”, “faz em mim tua vontade, faz em mim o teu querer”, “vou construir a minha vida em ti”, “pelo fogo quero ser provado", mas, se necessário for, ainda o culto não acabou, Deus contende connosco na pregação e nós já estamos mentalmente a dar desculpas a Deus para não fazer o que Ele nos está a orientar para fazer. Admitem? Ou será que é só a mim que acontece?
Isto demonstra a nossa falta de compromisso e o incumprimento da resolução que fizemos no dia em que aceitamos Jesus como Salvador e/ou fomos batizados dizendo “aceito seguir Jesus todos os dias da minha vida, aconteça o que acontecer e custe o que custar!” A Bíblia diz: “Quando fizeres uma promessa a Deus, não te demores a cumpri-la. A Deus não agradam os irresponsáveis. Cumpre o que prometes. É melhor não prometeres, do que prometer e não cumprir.” (Eclesiastes 5:3-4, BPT).
Por esse motivo, este é o meu desafio para ti, para nós, que neste novo ano possamos fazer uma resolução de ano novo que é, na verdade, uma resolução para a vida. A meta é “SER CRISTÃO!” “É claro, irmãos, que eu não penso que já consegui isso. Porém uma coisa eu faço: esqueço aquilo que fica para trás e avanço para o que está na minha frente. Corro direto para a linha de chegada a fim de conseguir o prêmio da vitória. Esse prêmio é a nova vida para a qual Deus me chamou por meio de Cristo Jesus.” (Filipenses 3:13-14, NTLH).
E quando digo ser cristão é ser cristão na sua total amplitude, é ser um verdadeiro cristão, que vive como Deus manda, 24 horas por dia, sete dias por semana, tanto em ações, como em palavras, como em pensamentos. É buscar diariamente a santificação, é todos os dias procurar uma maior intimidade com Deus, é todos os dias nos negarmos a nós mesmos e obedecermos a Deus, seja deixando de fazer o que não devemos, seja passando a fazer o que devemos fazer “E dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me. Porque qualquer que quiser salvar a sua vida perdê-la-á; mas qualquer que, por amor de mim, perder a sua vida a salvará.” (Lucas 9:23-24, ARC).
Chegou a hora de tomarmos uma decisão, de sermos pessoas de palavra com toda a gente: connosco, com Deus. Chegou a hora de viver verdadeiramente aquilo que dizemos ser, cristãos. Este é o meu desafio para ti neste ano e em todos os próximos anos novos que viveres: Que a tua principal resolução de ano novo seja viver um cristianismo autêntico! Não te vais arrepender!
Denise Agreiro
Coordenação Site BSteen