Quem quer ser missionário?

 

Neste artigo, gostava de partilhar contigo acerca da urgência das missões e de missionários. Como aconteceu com o apóstolo Paulo o coração do missionário é compelido a proclamar plenamente o Evangelho, onde Cristo não é conhecido e a levar as pessoas que estão espiritualmente perdidas à obediência a Deus.

“Porque nem sequer ousaria abrir a boca, se Cristo não tivesse usado a minha vida para levar os gentios a Deus, ganhando-os através da minha mensagem e da forma como vivi diante deles, e ainda pelos milagres feitos por meu intermédio como sinais vindos de Deus, tudo isto pelo poder do Espírito Santo. E desta maneira tenho pregado o evangelho de Cristo, por toda a parte, desde Jerusalém até ao Ilírico. O meu grande desejo tem sido ir sempre mais longe, pregando de preferência onde o nome de Cristo ainda não tenha sido ouvido, e não edificando sobre um fundamento posto por outro.” (Romanos 15:18-20). 


O Mestre da missão, o próprio Deus, está a chamar a Sua Igreja em Portugal para levar este Evangelho às nações.


Os povos hindus estão escravizados a milhões de deuses e precisam de conhecer a Verdade que os libertará (João 8:32). Os seguidores de Buda, que procuram a iluminação através da meditação, devem saber que só há um Caminho, através de Jesus, para a vida real (João 14:6).  Os animistas, que desejam o poder do espírito, devem encontrar-se pessoalmente com o Deus vivo, inigualável e todo-poderoso (Salmo 89; 113). Os muçulmanos, que reconhecem Jesus apenas como um mero profeta, devem invocar o Seu nome para que Ele seja o seu Salvador e Senhor (Filipenses 2:9-11; Romanos 10:9-10). 


Em todos os grupos de pessoas (etnias) onde Cristo não é conhecido, Jesus deve ser proclamado. O trabalho do missionário transcultural é essencial para esta tarefa.


David Leatherberry defende que a “maior necessidade no campo missionário, hoje em dia, é a de um missionário incorporado a longo prazo que viva entre os outros como Cristo viveu entre nós (…) durante toda a vida, para que (possamos) saber claramente que Deus nos ama”1. São três as combinações de palavras que se destacam nesta declaração e que devem ser incorporadas no âmago de cada missionário transcultural: “a longo prazo”, “viver entre”, e “como Cristo viveu”.


VIVER COMO JESUS VIVEU

Em primeiro lugar, o missionário tem a tarefa de viver como Jesus viveu: “De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus” (Filipenses 2:5, ARC). O apóstolo Paulo trazia as marcas de Jesus no seu corpo através do sofrimento, e de bom grado, para dar a conhecer o amor de Deus através de Cristo Jesus (Gálatas 6:17).


VIVER ENTRE AS PESSOAS

Em segundo lugar, o missionário deve viver entre as pessoas, aprender a sua língua e os seus costumes, identificar-se com eles para lhes comunicar Cristo. Jesus “esvaziou-Se” da glória do céu e tornou-Se um mero servo para conduzir as pessoas a Deus (Filipenses 2:6-8). Semelhantemente, Paulo renunciou ao estatuto e ao prestígio e conformou-se com os que o rodeavam para que “por todos os meios (pudesse) chegar a salvar alguns” (1 Coríntios 9:22, ARC, parêntesis do autor).


DEDICAR-SE A LONGO PRAZO

Finalmente, o missionário eficaz dedicar-se-á plenamente, “a longo prazo”, à tarefa de anunciar Cristo. Embora Paulo não tenha permanecido toda a vida num só local, com um só povo, ele demonstrou esta dedicação de todo o coração às pessoas a quem ministrava. Aos crentes em Corinto, disse: “Estou disposto a gastar tudo o que tenho e até a mim próprio para vosso bem” (2 Coríntios 12:15, BPT), para garantir que eles permaneciam na fé.


Com esta atitude de humildade, com a paixão de servir, com uma sensibilidade à direção do Espírito e com o profundo desejo de ver Cristo glorificado na vida dos outros, o missionário é a chave para fazer avançar a missão de Deus. 


A Convenção das Assembleias de Deus em Portugal deve enviar os seus melhores missionários com este espírito apostólico de procurar incessantemente os perdidos e levar o Evangelho a lugares onde este não é conhecido.


A AMAD (Agência Missionária das Assembleias de Deus) existe para mobilizar as igrejas da CADP para as missões transculturais. À medida que Deus chama indivíduos para o serviço missionário, a AMAD está preparada para ajudar a cultivar e facilitar esta chamada missionária. 


Sem dúvida, Deus está a chamar ativamente novos missionários, entre a Sua Igreja, para levar o Evangelho de Jesus Cristo a todos os povos.


Serás tu um deles? Deus está a chamar-te para alcançar as nações?


Daniel Taylor

Missionário e Diretor da AMAD



 1 Leatherberry, D. (2013). Pentecostalism and the Future of Missions. Springfield: Global Initiative, p.11 [Tradução livre], parêntesis do autor Texto originalmente publicado na revista Novas de Alegria. Adaptado.